(Encontrei o que segue em um caderno velho, enquanto procurava papel de rascunho.)
Uma vez eu era um caderno. E a menina grafava furiosamente os mais ricos dizeres, sob a ortografia de 43. A nova ideologia do rei! O torpe fôlego que move o mundo! Poderia me escrever uma anarquista, mas não. Deita-me caracteres a leve mão de uma democrata. Uff!
Um dia vou ser minha própria caneta. Vou dizer tudo o que eu penso com o mais puro vigor. E ai daquele que tentar me dissuadir, ai dele! Visitar-lhe-á a própria morte.
Sou a corrente que segura a noite. Sou a fria estrela branca. Que é que eu sei dessas coisas? Eu sei da vida. A vida! A própria vida. A vida que traz e que leva, a vida que vem e que vai. Que é que há para saber? E no entanto ela se move.
Espero o ônibus sentado na vida. Se deus é a chama que se acende em partes e se apaga em partes, o ônibus é o antagonista magno do calor, é sua análise. Análise é o contrário da catálise.
Katharevousa. Eles clamitavam o nome do santo. Mal sabiam eles que o santo era um caderno.
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